
Cartografia Afetiva da Experiência Escolar
Realizado no ano de 2019 em duas escolas - localizadas na 2a e 3a Coordenadoria Regional de Educação - o Projeto Cartografia Afetiva da Experiência Escolar se pautou na abertura de canais de escuta e participação direta das e dos estudantes de três turmas (4o e 5o anos e Projeto Carioca II).
Com o objetivo de promover encontros que proporcionassem a circulação da palavra e uma reflexão sobre si e sobre sua trajetória escolar, o Projeto realizou oficinas coletivas e entrevistas individuais. A escuta atenta dos olhares, desejos e potências das e dos estudantes foi a via encontrada para não apenas identificar, mas sobretudo refletir com elas e eles sobre seus pontos de encontros e desencontros na vivência escolar.

O Projeto Cartografia Afetiva da Experiência Escolar
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O contexto
A proposta de realizar uma Cartografia Afetiva com as (os) estudantes da Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro guarda raízes em duas questões principais com as quais nos deparamos no decorrer do trabalho interdisciplinar: por um lado, o potencial crítico e reflexivo que as (os) estudantes demonstram desafia a crença tão difundida de uma ausência de opiniões, desejos e análises de sua parte. Na mesma direção, verificamos que apesar de inúmeros instrumentos legais e orientações de políticas públicas se comprometerem com a ampliação dos canais de participação e de democratização, as práticas sociais com crianças e adolescentes parecem por vezes ainda desconsiderar a potência de seus saberes, promovendo modelos de uma participação decorativa, operacional ou apenas colaborativa.
Nessa esteira, o Projeto centrou-se não apenas em “dar voz aos alunos”, mas sobretudo em “dar ouvidos” ao que os jovens já vêm tentado nos dizer. Não se trata de falar por, mas de falar com elas e eles, questionando o que vem sendo dito e propagado sobre suas motivações e desejos, conforme demonstram alguns exemplos jornalísticos:

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A experiência no trabalho com o Projeto Cartografia Afetiva da Experiência Escolar nos trouxe dados de uma outra realidade: crianças e adolescentes que a todo instante apontam seus olhares críticos, apresentam propostas, demonstram desejos.